sábado, 22 de outubro de 2011

O MAIOR MAL DA HUMANIDADE

O PECADO É UM TEMA vital e precisamos tomar conhecimento dele. Dizer que a nossa necessidade primária na vida é conhecimento sobre o pecado, pode soar estranho, mas no sentido tencionado, expressa uma profunda verdade. É necessário fixar em nossas mentes, três idéias “claras sobre o pecado”.

Isso porém não é tarefa fácil, pelo menos por três razões.

EM PRIMEIRO LUGAR, a doutrina bíblica do pecado não lisonjeia; e, naturalmente, mostramos aversão a qualquer opinião a nosso respeito que nos seja desfavorável. O nosso instinto de auto-desculpa é muito forte, sendo ele mesmo produto do pecado (Gn 3.12,13). Deriva-se daí a tentação de suavizarmos a doutrina no pecado. Homens bons têm cedido a essa tentação, desde o início da igreja. É mister graça e iluminação espiritual para crermos que nossos pecados são um problema sério aos olhos de Deus, conforme a Bíblia nos diz. Precisamos orar para que Deus nos torne humildes e dispostos a aprender, quando estudamos esse tema.

EM SEGUNDO LUGAR, a doutrina bíblica do pecado emerge do conhecimento bíblico acerca da santidade de Deus, conhecimento esse que anda muito escasso em nossos dias. O pecado só pode ser devidamente compreendido pelo lado de dentro, conforme o achamos e nós mesmos.
Tal como Isaías no templo, só começamos a perceber o pecado em nós quando no defrontamos conscientemente com o Deus Santo (Is 6.3-5). No cristianismo moderno, embora os conceitos da boa vontade e da compaixão de Deus muito signifiquem, pouco significam os conceitos acerca da sua santidade e da sua impureza. O fermento do cristão liberal na nossa herança, somando ao indiferentismo moral de nossa cultura, mas a nossa insensível apatia e desinteresse para com as coisas espirituais combinaram-se para suprimir o senso de santidade de Deus. Os escritores realmente autorizados a falar sobre o pecado - o próprio Isaías, Amós, Oséias, Jeremias, Ezequiel, Paulo, João, Agostinho, Lutero, João Calvino, John Owen, Thomas Goodwin, Jonathan Edwards... comunicaram um senso tão poderoso da santa presença de Deus que quase chega a ser tangível. Visto que a sentiam tanto, puderam compartilha-la conosco. Mas, a maioria de nós hoje não tem o conhecimento eu eles tinham do pecado, pois que também não temos a consciência que eles tinham da presença de Deus.
EM TERCEIRO LUGAR, a doutrina bíblica do pecado tem sido secularizada nos tempos modernos. As pessoas continuam a falar sobre o , mas não mais meditam sobre ele de maneira teológica. O termo “pecado” tem deixado de transmitir a idéia de uma ofensa contra Deus e agora indica apenas uma quebra dos padrões aceitáveis de decência, particularmente nas questões sexuais. Porém, quando a Bíblia fala sobre o pecado, refere-se a ele precisamente como uma ofensa contra Deus. Embora o pecado seja cometido pelo homem, e com freqüência contra a sociedade, ele não pode se definido em termos do homem ou da sociedade. Jamais compreenderemos o que o pecado realmente é, enquanto não aprendemos a pensar nele em termos de nosso relacionamento com Deus.

NATUREZA DO PECADO
Os termos que nossa Bíblia traduz por “pecado”, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, significam ou errar o alvo, ou falhar em alcançar um padrão, ou falhar em obedecer uma autoridade. Seja o padrão inalcançado, o alvo não atingido, a vereda abandonada, a lei transgredida ou a autoridade desafiada, em cada caso é o homem contra Deus. O pecado é medido à luz de Deus e sua vontade. O pecado é desviar-se do caminho que Deus determinou (Ex 32.8), pra um caminho proibido, um caminho de própria escolha (Is 53.6). o pecado consiste em andar contrariamente a Deus, retroceder para longe de Deus, voltar as costas para Deus, desafiar e ignorar Deus.

Em termos positivos, qual é a essência do pecado? BRINCAR DE DEUS. E, como um meio para tanto, recusar-se a permitir que o Criador seja Deus, até onde estiver envolvido aquele que assim agir. A atitude que é a essência do pecado consiste em viver, não para Deus, mas para si mesmo; amar, servir, e agradar a si mesmo, sem importar-se com o Criador. Consiste em tentar ser tão independente de Deus quanto possível, colocando-se fora do alcance de sua mão, mantendo-O afastado, conservando as rédeas da vida em suas próprias mãos, agindo como a própria pessoa e os seus prazeres fossem a finalidade para a qual as demais coisas, incluindo Deus, existissem. O pecado é a exaltação de si mesmo contra o Criador, evitando prestar a homenagem que Lhe é devida e pondo-se no lugar dEle como padrão final de referência, em todas as decisões da vida. Agostinho analisou o pecado como orgulho (superbia"), aquela louca paixão de ser superior até mesmo a Deus, como um estado de espírito afastado de Deus para uma atitude de auto-absorção ( Homo incurvatus in se). Assim, o pecado é a imagem do diabo, pois o orgulho outro-exaltado foi o sei pecado antes que se tornasse o nosso (1Tm 3.6).
Todos esses elementos estavam embrionariamente contidos no primeiro pecado humano, que consistiu em entregar-se à tentação de ser "como Deus" (Gn 3.5). Paulo nos mostra que o pecado começou quando os homens, "tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças" (Rm 1.21). Ele mesmo nos oferece a mais precisa análise do espírito do pecado contida na Bíblia, ao dizer que "o pendor da carne (a mente e o coração do pecador não-regenerado) é inimizade contra Deus" (Rm 8.7) - descontentamento para com o seu governo, ressentimento contra suas reivindicações e hostilidade para com sua Palavra; tudo expresso por meio da determinação fixa e inalterável de seguir a sua própria independência, em desafio ao Criador. O substantivo abstrato "inimizade" intensifica a idéia, como se Paulo houvesse dito "essência da inimizade", ou então "inimizade pura".
Dessa atitude de autodeificação brotam atos de autodeterminação contra Deus e nossos semelhantes: atos de irreligiosidade, no primeiro caso; atos de desumanidade, no segundo caso. Um ser que desprezou o primeiro grande mandamento - amarás a Deus com todas as tuas forças - dificilmente poderia mostrar muito respeito para com o segundo - amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Disso deriva-se o espírito do pecado, que destroça as relações entre o homem e o seu Criador e também destrói a sociedade humana. Paulo nos apresenta três formas características em que essa ação destruidora se manifesta (Rm 1.26-31; Gl 5.19-21 e 2Tm 3.2-4).
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma Analize de 2 Tm 2.22

A) Foge também das paixões da mocidade;
B) e segue
1) a justiça,
2) a fé,
3) o amor,
C) e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.
A Análise
A) Foge também das paixões da mocidade;
Foge, do verbo “fugir” (Pheugo, Strong 5343) – Faz referência a atitude de escapar, de alguma coisa ou de algo que está perseguindo, ou de uma ameaça iminente.
Trata-se de uma ordem que aqui está sendo dada, para tomarmos uma atitude.
Mas, “foge também” do que?
Em 2Tm 2:16-18 há ordem para fugir de falatórios profanos.
Em 2Tm 2:19-21 há ordem para fugir da iniquidade.
E por fim, no nosso versículo, 2Tm 2:22, há ordem para fugir das paixões da mocidade.
Paixões da mocidade”. O que é isso?
Paixões” fazem referências vaidades vãs que trazem algum tipo de entusiasmo, a desejos abrasadores.
O versículo diz que essas paixões possuem uma característica, são “da mocidade”.
Mocidade” faz clara referência a pessoas jovens, e os jovens devido a sua inexperiência ante as situações da vida, eles são sistematicamente imaturos.
Assim sendo, “paixões da mocidade” faz referência a vaidades tão vãs, que atacariam especialmente a pessoas imaturas, principalmente aos jovens.
Muito bem. E o que isso tudo tem a ver com a minha igreja?
Vemos muitas supostas “estratégias de evangelismo para atingir os jovens”, nada mais é do que o mais puro mundanismo entrando na igreja, da forma mais escancarada e grotesca.
Isso acontece principalmente com a música, e o movimento de música cristã contemporânea, chamado no Brasil como “movimento gospel”.
Se todos os ritmos são de Deus, então o Espírito Santo deve ser como um roqueiro, que fica indo até as igrejas, apregoando “Sexo, Drogas, e Rock’n Roll” – muito, muito rock’n roll, muito disco, muito dance, muita luz, lantejoulas e purpurina.
Pelo que a Bíblia diz do Espírito Santo, podemos ter a certeza das mais absolutas, que não é Ele que está fazendo isso nas igrejas.
Muitos pastores, seguindo nessa dissolução, transformaram as suas igrejas em clubes, em bailões, em boates, em discotecas, em shows, e para ser sincero – num verdadeiro prostíbulo mascarado de igreja, tudo porque?
Por que ao invés de fugir para-longe das paixões da mocidade, eles fizeram justamente ao contrário, eles fugiram para-dentro das paixões da mocidade, mergulharam em todo o tipo de maldade e corrupção que habita nos corações dos perdidos com o objetivo de agradá-los.
O objetivo da igreja não é agradar o Mundo, mas converter o Mundo.
Se a igreja perder esse objetivo, já não é mais uma igreja, mas apenas mais uma instituição deste mundo.
Agradar os perdidos sob o pretexto de convertê-los, é uma atitude típica de uma instituição mundana mascarada como igreja, uma falsa porta de salvação criada por Satanás para que não se encontre a Verdade do Evangelho.
B) e segue
Segue” vem do verbo “seguir” (Dioko Strong 1377), que em algumas outras passagens também pode ser traduzido como “perseguir”.
De qualquer forma, indica adotar uma posição, caminhar com ela sem abandoná-la.
2Tm 2:22 Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz....
Observe que a expressão “e segue”, vem quase como uma oposição a primeira parte do versículo, “foge”.
Isso implica, que a tendência natural de um grupo de pessoas, ou mesmo de uma igreja que não for mantida a devida ordem, é se afastar da justiça, do amor, da paz, e se entregar as todas as paixões da mocidade.
Portanto, a ordem é justamente lutar contra essas tendências naturais e corruptas, vindas da total depravacidade do coração humano, em busca do ideal maior, do bom exemplo daqueles que foram iluminados e salvos por Jesus Cristo, para que a luz do Evangelho ilumine o Mundo.
Se o Evangelho tomar a mesma forma do Mundo, então, a luz se apagou, e já não há mais luz neles, que dizem fazer parte da igreja de Cristo mas pertencem a uma falsa igreja, que justifica suas obras más como sendo fruto de filosofias melhores ou mais modernas, como os grupos de crescimento, igrejas reprodutoras, igrejas em células, G12, G5, M12, movimento gospel, reavivamentos, ecumenismo, etc, ... – o pragmatismo geral e todas as novas desculpas que eles vão inventar para a sua apostasia.
B1) A justiça
A justiça faz clara referência a retidão de Deus, não somente no conceito micro, de cada indivíduo, mas principalmente na organização macro, do conjunto de todos os fiéis em grupo presentes na igreja local.

... e segue a justiça ...
Relembrando o mesmo contexto de oposição as tendências naturais, a tendência natural de uma igreja fora de ordem, é a fuga do conceito de justiça, principalmente no organização macro – a igreja pode começar a bater palmas, a adotar louvores com menos seriedade (corinhos), haver gritos nos cultos, e coisas do gênero.
B2) A fé
A fé faz clara referência na firme crença das coisas invisíveis.
Jd 1:3 Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.
Devemos seguir esta fé, mantendo coerência na doutrina e sempre estando centrados na Palavra de Deus, que a Bíblia.
... e segue ... a fé ...
A tendência natural de uma igreja fora de ordem, é a se desviar da fé, com o surgimento de misticismo (crenças em coisas visíveis), e principalmente a desvios doutrinários criados pela crença cega em estórias fantásticas vividas por alguém ou algum fiel da igreja (experiências subjetivas).
Muitos livros apócrifos foram escritos, justamente baseados em experiências subjetivas, e que possuem, no geral, uma doutrina espírita.
B3) O amor
O amor aqui exemplificado, faz referência a afeição e benevolência, o amor manifestado, principalmente entre as pessoas.
Amor para com o perdido
O amor para com o perdido, faz com que a igreja, cada pessoa, evangelize, e tenha missões no coração.
Mt 28:19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
...e segue ... o amor
Numa igreja desordenada, a primeira coisa que acontece, é que o amor para com os perdidos desaparece.
As pessoas acham que o pastor é quem deve evangelizar os perdidos, por que ele está ganhando para isso, e afinal, elas já visitam o templo da igreja, e acham que “já fizeram a sua parte”, e os perdidos que vão para o inferno, pois isso não é da responsabilidade deles.
Amor entre os fiéis
Amor entre os fiéis, faz com que quando alguém tem necessidade, o outro lhe forneça ajuda.
Tg 2:15 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
Tg 2:16 E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
...e segue ... o amor
Numa igreja desordenada, embora haja cumprimentos e cordialidades entre os fieis (falsidade), mesmo escutando a necessidade do irmão, ninguém ajuda ninguém, ninguém colabora com ninguém, as pessoas evitam relacionar-se.
As células ajudam este tipo de comportamento, pois basta apenas se relacionar um pequeno grupo de pessoas (12, ou mesmo 5).
Outras modalidades, como tele-culto, igreja pela televisão, ajudam ainda mais nesta falta de amor para com os irmãos.
Eles geralmente dizem isso “O que importa, é eu me sentir bem com Deus” (e o próximo que se exploda).
B5) e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor
Aqui, o verso está pedindo SEPARAÇÃO.
Devemos ter paz e comunhão religiosa fraterna com “os que, com um coração puro, invocam o Senhor.
Há aqueles que não possuem um coração puro, mas invocam o Senhor?
2Pe 2:3 E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
Alguém pode invocar o Senhor (a pessoa de Jesus Cristo), e não ter um coração puro.
Vemos uma referência indireta para os hereges, principalmente os ecumenistas.
No mais, toda a forma de ecumenismo vai contra este verso, pois é necessário andar em paz com pessoas que invocam o Senhor com um coração impuro, mas com más intenções (a sede pelo poder de dominação eclesiástica)
Conclusão
Uma ótima lição, para Todos os Crentes
2Tm 2:22 Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.

Cordialmente
Pr. Isaac Silva